Esse artigo semanal trata de indicar animes antigos, que alguns já esqueceram e grande parte do público atual nem ao menos teve a chance de conhecer. Semanalmente traremos uma indicação de algum anime e falaremos um pouco sobre ele para que você leitor possa o conhecer e quem sabe o assistir!
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Iniciando nosso último dia da semana especial de indicações, nossa convidada direto da Nave Bebop!
Iniciando nosso último dia da semana especial de indicações, nossa convidada direto da Nave Bebop!
Nome: Mushishi
Ano de lançamento: 2006
Gêneros: Aventura, Fantasia, Histórico, Mistério, Seinen, Cotidiano, Sobrenatural
Numero de episódios: 26 Episódios (1° Temporada) + 10 Episódios (2° Temporada) + 10 Episódios (3° Temporada)+ Especiais
Numero de episódios: 26 Episódios (1° Temporada) + 10 Episódios (2° Temporada) + 10 Episódios (3° Temporada)+ Especiais
Olá pessoal, meu nome é Thais e eu escrevo para o blog Nave Bebop. Lá eu falo sobre animes, mangás, tanto antigos como novos, além de comentar sobre filmes orientais. De vez eu quando, meu amigo japa Igor, aparece lá para falar sobre tokusatsu também. Portanto, convido todos vocês à conhecer meu humilde espaço, tenho certeza que algum assunto ou outro, poderá lhe interessar. Aproveito o momento também para agradecer a todos que estão lendo isto, e principalmente, ao site Animes Tebane pelo convite, espero que seja uma leitura agradável. ^^
Mushishi é um dos meus animes preferidos da vida. Com ele, eu me senti próxima de mim mesma, e de todo o universo. Minha recomendação hoje aqui, não poderia ser outra.
A história desse anime, está situada no período Edo e Meiji, e mostra as andanças do personagem Ginko, um caçador de Mushis. Ele não é o centro da trama, mas sim, apenas um elemento que faz a história girar. Outra coisa que devo ressaltar, é que este anime é bem episódico, no entanto, ele não deixa de dar continuidade ao enredo, sempre apresentando uma situação nova que acrescente ao que estava sendo construído. Os mushis mencionados acima, não se trata de criaturas horrendas, de aparência assustadora, pelo contrário. São seres mitológicos que são mais medonhos pelo lado psicológico do que pela aparência. Cada um deles irá tirar alguém da paz, e o personagem Ginko irá aconselhar essas pessoas a se livrar delas. No entanto, isso não significa que os Mushis são criaturas más. Às vezes serão as próprias pessoas, os reais culpados por permitirem a entrada deles em suas vidas.
Confesso que Mushishi não é um anime fácil para se mastigar. Apesar de toda a simplicidade contendo na história, a narrativa lenta faz com que muitos desistam de continuar assistindo. Dito isto, é importante estar com os olhos bem abertos, e com a sensibilidade ligada ao máximo, para poder degustar de todas aquelas ideias, com total precisão. Caso contrário, a experiências será bem sonolenta.
O que mais me encantou nesse anime foi a delicadeza. Mushishi prova que não precisa de explosões, gritarias, tiros ou poderes absurdos para nos presentear um bom entretenimento. O modo como conduz a trama de maneira calma, é sim, um caminho muito arriscado, porém, se bem planejado, pode sair algo bastante inusitado e interessante. Felizmente, ele cumpre com o que promete. Isso é sensacional por si só. Prender a atenção dessa forma, é uma habilidade para poucos. O diretor Hoshi Nagahama (Fruits Basket, Detroit Metal City) assim como o estúdio Artland, estão de parabéns pela excelente produção, tanto visual, que esta linda, quanto pela parte sonora impecável, que mesmo apresentando um som mais ambientado na natureza, nem por isso, ela chega a ser de qualidade questionável. A palavra que define todo esse cuidado técnico, com certeza seria a; verossimilhança. Basta fechar os olhos e ouvir o som das árvores e do vento por exemplo, para se sentir totalmente imergido, ou então, ouvir atentamente o lamento de uma pessoa em crise, para se colocar na pele daqueles personagens. Eu me sinto ali, eu me vejo neles. Eu consigo me conectar com a obra, mesmo apresentando situações de vida muitas vezes estranha. Essa façanha, é incrível.
Uma outra sensação que tive ao assistir esse anime foi de pureza. Transbordamento. Quando um personagem secundário conseguia encontrar a paz novamente, era como se uma parte de mim encontrasse junto. O aprendizado final são lições para se levar adiante na vida. São filosofias altamente úteis, que trazem de fato uma reflexão. Mushishi é um anime que me fez pensar. Eu tinha que abandonar minha ideia de maratona, e assistir um e outro episódio isolado. E buscar explicações dentro de mim, interpretar certas nuances, trazer aquela história para o meu mundo. Adaptá-la para que ela me atingisse em cheio. Não é que os acontecimentos fossem complexos e de difícil compreensão, pelo contrário. O clima sempre foi leve e de fácil entendimento, mas essa demora para digerir era pela sensação de estar querendo mais do que meus olhos tinham visto. Tinham algumas informações que me foram passadas, que poderiam ser interpretadas, sentidas, analisadas, da forma como ela pedia. E não dessa forma rápida e abatida, como são 23 minutos de episódios. Ter esse momento de reflexão depois de assistir, foram para mim cruciais para aproveitar melhor a história. Portanto, não seja apressado! Ter calma, é essencial em Mushishi.
Enfim. Eu espero que esse texto tenha servido para atiçar a curiosidade de alguém, porque é uma obra que vale à pena. Eu recomendo fortemente, independente do que você gosta de assistir; Mushishi pode despertar em você uma estranheza no início, no entanto, ao pegar o espírito da obra, uma sensação nova será despertada. Se deixe ser contagiado pela vibe. Tenha certeza que dessa forma, a experiência será mais produtiva. E quem sabe assim, memorável, como foi para mim.
Até a próxima pessoal!
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